quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Estudantes dizem como escolhem seus candidatos

Escândalos e casos de corrupção no cenário político são alguns dos fatores que afastam os jovens das urnas. É o que dizem os alunos do terceiro ano do ensino médio dos colégios Pio XII e Sion, em São Paulo, ouvidos pelo G1. Eles afirmam que a maioria dos amigos, com idades entre 16 e 18 anos, não vai votar no dia 3 de outubro porque não acredita em mudanças.



"Sinto um certo desencanto dos adolescentes pela política até em função do que veem dos casos de corrupção. Por isso as escolas devem desenvolver o processo de reflexão nos estudantes desde pequenos para fazê-los acreditar o quanto a participação é importante", afirma Fátima Lopes dos Santos Miranda, orientadora educacional do ensino médio do Colégio Pio XII.
Se por um lado há o descrédito nos políticos, por outro há a certeza de que áreas como a educação precisa melhorar. "A educação é fundamental para que as pessoas desenvolvam o pensamento crítico, se aproximem da política e comecem a cobrar seus direitos", diz Davi Finotti Ferreira, de 17 anos.
Confira outras opiniões:
beatriz

"Gosto de política e aprendi isso com meus pais. Porém, os canais de TV para jovens quase nunca abordam o assunto. Nem mesmo as escolas dão informações sobre eleições e ensinam, por exemplo, quais as funções de cada político. Quantos brasileiros sabem a diferença entre votos brancos e nulos?"

Beatriz Viana, de 17 anos
rafael greco
"Os jovens deveriam se posicionar mais na política porque podem escolher o futuro do país. Mas também é necessário saber votar. Eu pesquisei o passado dos candidatos que escolhi. Vou votar apenas para presidente e governador porque não acredito no Senado."

Rafael Greco, de 17 anos
thalita

“A política perdeu o foco por causa de tanta corrupção, mas acredito que ainda há futuro. Se o jovem pensar um pouco consegue mudar este estigma. Acho que a maioria dos jovens não vota porque não quer assumir mais uma responsabilidade, ainda mais na época do vestibular.”

Thalita Malachim, de 17 anos 
luan

"Pesquisei na internet o histórico dos principais candidatos. Mas, de um modo geral, os jovens não fazem isso. Já ouvi muitos falarem que vão votar em qualquer um porque um voto não vai fazer diferença."

Luan Fernandes, de 17 anos
ana fernanda

"Para muitos jovens, política é um assunto chato. Às vezes vota-se em um candidato porque ele é famoso, é cantor ou humorista, mas não dá para ser assim. Pelo que vi, nenhum desses famosos apresentou uma boa proposta. É importante pesquisar e saber votar."

Ana Fernanda Guerra, de 17 anos
davi

“O problema da política brasileira é a corrupção, o que a torna muito desestimulante. Mas também há os políticos honestos. Cabe a nós, jovens e eleitores de modo geral, fiscalizar e cobrar ações das pessoas que elegemos. Analisei propostas e pesquisei o passado dos candidatos que escolhi.”

Davi Finotti Ferreira, de 17 anos
beatriz

"Não vou votar este ano porque acredito que ainda não esteja preparada. Mas espero que os próximos candidatos invistam em educação. Com a educação as outras áreas também melhoram."

Beatriz Costella, de 17 anos 
caio
"Há muita coisa escondida nos bastidores da política, muito dinheiro jogado fora. Faltam investimentos na saúde e na educação. Não é à toa que a maioria dos jovens que eu conheço não vai votar. Espero que os próximos eleitos sejam mais honestos porque nós depositaremos confiança neles."

Caio Canoas, de 17 anos
rodrigo

"Acompanhei os debates com os candidatos e acredito que os pais também influenciam na hora da escolha. Mas todos os eleitores deveriam pesquisar o passado e o histórico dos políticos antes de decidir em quem votar. Além do mais, os jovens têm de participar. Estamos aqui para fazer o futuro do pais."

Rodrigo Zuanela, de 17 anos
yago

"Pelo horário político não dá para colher informações sobre os candidatos. Há muita palhaçada. Os que parecem ter propostas sérias têm pouco tempo para falar. Espero que nos próximos anos haja uma melhora em educação, saúde e segurança."

Yago Ranieri, de 17 anos
renan

"Cada vez menos jovens se interessam pela política porque ela não passa mais confiança. Os casos de corrupção decepcionam e desestimulam os jovens a participar. Mas acredito que a política é a única forma que temos de mudar o país, não podemos desistir dela."

Renan da Silva Assunção, de 17 anos

domingo, 19 de setembro de 2010

Presidente ou Presidenta?


O Dicionário Aurélio ensina que o feminino de presidente é presidenta. É isso mesmo, com o “a” no final. Talvez seja um pouco estranho ao ouvido por falta de costume.
Sobre o assunto o Prof. Hélio Consolaro explica:
A predominância do masculino na língua reflete o machismo. Se houver numa sala 39 mulheres e um homem, o orador deverá usar o masculino na sua invocação: prezados senhores… No máximo, falará: prezadas senhoras e prezado senhor. Ofenderia o macho presente se o orador generalizar pelo feminino e dissesse apenas: prezadas senhoras.Assim, em passado recente, não havia feminino de presidente e nem de hóspede. Agora, depois da luta das mulheres na sociedade, os dicionários já registram e a gramática aceita os femininos: presidenta, hóspeda.
Por que isso não acontece na hierarquia da Polícia Militar? Na entrevista desta Folha, edição de 1.º/6, Katia Damasceno Sabino foi tratada por soldado, nada de soldada.
Nenhum dicionário registra o feminino “soldada” e tampouco “sargenta”, apenas Luiz Antonio Sacconi em sua “Nossa Gramática – Teoria e Prática”, Editora Atual, admite tais flexões.
Na verdade, a Polícia Militar, com a presença da mulher em suas fileiras, mantém a estrutura machista, segura a feminização das patentes na divulgação de seus documentos oficiais. E gramáticos e jornalistas concordam com isso.
Não se sabe como as soldadas se sentem sendo tratadas como homens, mas há mulheres que escrevem versos e não gostam de ser chamadas de poetisas, querem ser tratadas de poetas, acham que o feminino as desvaloriza. Isso também é machismo, e pior, machismo do feminino.
Talvez seja apenas preocupação de um professor de Português e os soldados femininos estejam gostando desse tratamento.
fonte:Hélio Consolaro é professor do Ensino Médio e jornalista

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Leitura desde sempre: bebês devem ter acesso aos livros

Os recém-nascidos são uma incógnita: poucos pais sabem por que choram, o que balbuciam e o que sentem quando mordem ou destroem objetos. Na fase dos seis meses aos três anos, a criança apreende ao máximo o mundo à sua volta, mas, obviamente ainda não sabe ler. Isso não significa que colocá-las em contato com os livros seja inútil. Pelo contrário, elas reproduzem os sons do adulto que conta a história e passam a prestar cada vez mais atenção às conversas. "Ao ouvir histórias e ler imagens, bebês e crianças aprendem novas palavras, conhecem e nomeiam situações, animais e objetos e tornam-se capazes de compreender os textos que ouvem", afirma Denise Silva Rocha Mazzuchelli, psicóloga do Instituto Alfa e Beto (IAB) – entidade que, junto com a Câmara Brasileira do Livro e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, instalou o espaço Biblioteca do Bebê na Bienal Internacional do Livro, em São Paulo. 

A psicóloga dará uma palestra no estande no dia 14 de agosto, às 11h, sobre dicas e orientações quanto a esse tipo de leitura. Quem não puder comparecer, terá acesso a cartilhas que explicam como ler, o que ler, por que ler e quando ler para as crianças desde o berço. De acordo com Denise, a leitura precoce amplia o vocabulário ao mesmo tempo em que "motiva as criaças para novas descobertas e interesses, além de expandir seu conhecimento sobre as pessoas e o mundo". Dessa maneira, desejarão aprender a ler mais cedo e entrarão no universo escolar com mais entusiasmo e interesse. Além de ajudar em seu desenvolvimento, a leitura estreira os laços familiares. "Quando pais e filhos se encontram para ler, cria-se um tempo especial de relacionamento, que o excesso de trabalho e obrigações, por vezes, dificulta", afirma Denise. 

Os livros indicados para esta faixa etária abordam temáticas que compõem a vida qualquer criança muito pequena: fotos de bebês, expressões, objetos e cenas familiares, rotinas do dia, veículos, animais, natureza, palavras, sons, rimas e onomatopeias. Depois dos três anos, quando a criança passa a ter maior capacidade de concentração e compreensão do que ouve, ela começa a se interessar por aventuras, contos, fábulas, histórias com explicações sobre o funcionamento das coisas e livros informativos. 



domingo, 5 de setembro de 2010

Os presidenciáveis e a educação


Durante esta semana, VEJA.com publicou uma série de reportagens sobre os desafios na área de educação. Como aconteceu nas semanas anteriores, em que foram abordados os temas O tamanho do estado, Segurança pública e Preservação e desenvolvimento, encerramos o ciclo apresentando as propostas dos principais candidatos à Presidência relativos ao assunto.
A reportagem procurou as campanhas de Marina Silva (PV), José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) para saber o que pensam os candidatos a respeito do tema. Marina e Dilma enviaram suas propostas. As ideias José Serra foram compiladas a partir de declarações públicas do tucano e de seu programa de governo.
A prioridade de Dilma são os professores: a petista quer que a formação universitária seja um pré-requisito obrigatório para os profissionais que pretendem se tornar docentes do ensino fundamental e médio. Suas propostas de programa incluem ainda uma nova política salarial para os docentes, pela qual o atual piso de 1.024 reais sofreria seguidos reajustes - a campanha não informa, porém, de quanto seria o aumento. Dilma afirma ainda que construirá 6.000 creches em todo o país.
O texto de Marina defende uma maior articulação entre União, estados e municípios para garantir uma melhor gestão de recursos e responsabilidades. A candidata do PV defende a ampliação dos investimento na área da educação. No último debate presidencial, realizado na segunda-feira, em São Paulo, Marina prometeu destinar até 7% do Produto Interno Bruto (PIB) para a pasta. Como Dilma, ela defende a criação de vagas nas creches de todo o Brasil, além da implementação de uma educação em tempo integral. 
Uma das principais bandeiras de José Serra é o incentivo ao ensino técnico. O candidato defende a criação de um milhão de vagas em todo o país, além do lançamento do Protec, versão para o ensino técnico do Programa Universidade Para Todos (ProUni) - pelo qual o governo federal subsidia a graduação de estudantes pobres em instituições particulares. Serra promete ainda reforçar o aprendizado na sala de aula, começando por colocar dois professores por turma desde a primeira série do ensino fundamental.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Cansado pra caramba... ainda bem que tem finalzão de semana...

Hoje estou pregado, cansado mesmo, mas tenho um finalzão de semana pela frente, então bora aproveitar e colocar o sono em dia, será que vai dar?
O que acontece é que quando chega o fim de semana estamos tão ávidos por aproveitar que nos esquecemos de descansar, bebemos, comemos, ficamos acordados até tarde e nada de descanso. Mas a vida é assim mesmo, essa correria mesmo aqui no "fim do mundo", mas é um fim de mundo maravilhoso. Eu amo essa cidade....