terça-feira, 24 de setembro de 2013

Sala cheia, Cabeça vazia.

Não é preciso pesquisar muito para encontrar professores reclamando e especialistas concordando que salas de aula cheias de mais são um problema grave que afeta o aprendizado. Claro que não estou falando de salas de Ensino Fundamental segunda fase, ensino médio ou tampouco de ensino superior. Fala e reclamo das salas de alfabetização de primeiro ao terceiro ano e ainda das salas de quarto e quinto ano. É humanamente impossível para professores atenderem a contento turma que passam dos 30 alunos e que podem ultrapassar os quarenta. Diante da tamanha diversidade que temos hoje nas salas de aula, fica parecendo que estamos trabalhando em uma turma multiseriada. Claro que devemos atender a toda diversidade, evidente que o professor deve fazer o possível para que todos atinjam os objetivos desejados, mas esperar que todos saiam destas sala com as competências e habilidades necessárias é algo meio utópico. Muitos destes alunos que estão empilhados as dezenas em uma sala desconfortável nunca pisaram em uma sala de aula, contrastando com outros que trazem de casa toda uma bagagem que recebem de seus pais. Imagine você com trinta e cinco crianças conversando ao mesmo tempo tentando alfabetizar. Não há PACTO que resolva esta situação se isto não passar por uma reestruturação da sala de aula. O professor deve ser cobrado sim para um bom desempenho, deve ser bem remunerado pelo que produz, mas não pelos "milagres" que tenta realizar. Nem mesmo em salas com número bem menor de alunos o sucesso é garantido, isso não é difícil de ver em escolas que visitamos, mas o índice de sucesso é bem maior sem sombra de dúvida. Concordo que devemos oferecer vagas a todas as crianças porque pior que salas cheias são crianças fora da escola, mas devemos estar consciente que teremos jovens com mais dificuldade no futuro por não terem tido um alicerce mais bem construído no presente.

Um comentário:

  1. São muitas questões políticas que precisam ser dialogadas com a sociedade.

    A educação é muito subjetiva e os investimentos são à longo prazo.

    Investimento sem planejamento é um problema frequente.

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