terça-feira, 26 de agosto de 2014

A VOZ DA VERDADE

Tem um provérbio iraniano que diz: "A verdade é um espelho que caiu das mãos de Deus e se quebrou. Cada um recolhe o pedaço e diz que toda a verdade está naquele caco." Assim vamos nós aqui na Terra. Cada um se acha dono da verdade com seu pequeno pedaço deste espelho. As vezes, somente as vezes, acreditamos tanto nisso que interpretamos mal os fatos e caluniamos pessoas de forma infame. Ficamos cegos por nosso egoísmo, nossa falta de escrúpulos, nossa vaidade e saímos atirando pedras a esmo. Alguns de nós jamais irão perceber, pois nos falta senso crítico. A verdade sempre estará ao seu lado, mesmo que seja a mais pura mentira. A falta de conhecimento de muitas pessoas as transformam em "HOMENS BOMBA" de uma cruzada sem fim e sem propósito. Digo sem propósito porque não importa quem seja a vidraça do momento, estas pessoas querem atirar a pedra. E o pior é que alguns nasceram para serem sempre pedras. Ler um pouco mais e estudar os fatos, principalmente neste período eleitoral onde os ânimos ficam sempre mais exaltados, é fundamental para que sejamos críticos sim, mas com propriedade e jamais como se fôssemos "copos vazios" a espera de algum conteúdo. Infelizmente, para a maioria, este conteúdo nunca é bom. Enfim, não me eximo de cometer os mesmos erros dos outros, de as vezes fazer as mesmas coisas. Mas temos o direito e o dever de aprender a cada dia e mudar de acordo com nossa visão de mundo e naquilo em que acreditamos. Entretanto, algumas pessoas mudam ao sabor do vento e andam como carroças vazias, fazendo um enorme barulho, mas sem nenhum conteúdo.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

QUANDO COMEÇAMOS A MORRER?

Começo a pensar e me vem cada ideia na cabeça. Hoje fiquei pensando em quando começamos a morrer. Na minha concepção de vida, ninguém morre de repente. Nós vamos morrendo aos poucos, alguns demoram mais, outros demoram menos, mas no fim, todos morrem. Cheguei a algumas conclusões: começamos a morrer quando perdemos nossos ente queridos. O primeiro grande baque acontece quando perdemos, por exemplo, nosso pai. Os pais sempre morrem primeiro, repararam. (me deu medo agora) As vezes são as mães, mas, via de regra, os pais puxam a fila. Quando isto acontece, nós filhos, que aqui ficamos, perdemos muito de nossa alegria. Perdemos aquele sentimento de conforto, de segurança. Para filhos homens então: quem vai se orgulhar de nossas conquistas?. É um sentimento de perda irreparável. Nessa hora, morremos um pouco (que é muito). Perdemos tios ou tias queridos(das) e outros parentes que também deixam a nossa vida mais vazia. Assim, morremos mais um pouquinho. O baque final, aquele que nos joga de cabeça no buraco, nos encaminha para a hora derradeira vem com a perda da mãe. Nesta hora o mundo treme. Para onde vamos voltar se tudo der errado? E agora o que vai ser da família? Onde vamos nos reunir para qualquer coisa? Perdemos a referência maior. Talvez até demoremos mais a morrer, mas nossa vida perde muito do brilho (senão todo). O que nos salva são nossos filhos e netos. Viram a luz de nossa vida. Nossa esperança de sobrevida na escuridão do futuro. Bom, para quem perde um filho, sinto dizer: a morte já chegou, apenas nosso corpo terreno teima em não cair, mas já jaz sem vida.