sábado, 11 de abril de 2015

O tempo implacável

Não nos damos conta do quanto passa rápido o tempo e de como ele pode ser implacável. Nos esquecemos que somos mortais e que a qualquer momento a despedida chega. Acordamos para a vida ou para a morte quando nos deparamos com ente queridos que antes nos saltavam aos olhos fortes, firmes e como exemplos de firmeza diante do tempo. Agora, estes mesmos entes queridos nos aparecem, do dia para a noite, frágeis, suscetíveis à famigerada morte. Sua fragilidade, sua fraqueza, sua debilidade diante do tempo nos assusta a ponto de nos dar medo. A voz antes firme, agora sai fraca, quase um sussurro comparada com a de antes. Assustados, olhamo-nos novamente e percebemos que o tempo não nos esqueceu, passou... E, sem dó ou piedade, nos afasta definitivamente de pessoas que davam ou dão sentido a nossa existência. As vezes ou quase sempre, nos deixamos levar por sentimentos tristes, nos corrompemos pela ignorância e pela vaidade. A anagênese da vida é inevitável, assim como é inevitável o fim. Contudo, mesmo certo desta “inevitabilidade”, continuo acreditando que morremos mais por fora que por dentro. Que a vida é mais que o que nossos olhos veem e, que os sonhos são realizáveis.