quinta-feira, 7 de setembro de 2017

É POSSÍVEL INDEPENDÊNCIA DE FATO, SEM EDUCAÇÃO?

Primeiro é preciso dizer que vivemos uma época sombria para quem milita na educação. Digo militar porque vejo dessa forma, quase um sacerdócio. Podemos ter maus profissionais, concordo, mas temos uma ampla maioria comprometida com a construção diária desse processo que é o único capaz de transformar nosso país, nossa sociedade, em algo melhor. O pior é que uma minoria que se diz esclarecida, trabalha para convencer a sociedade de que os professores têm privilégios, ganham bem, são dispensáveis. A valorização do magistério, com salários mais dignos, que propiciem ao mestre a dedicação exclusiva dará de imediato retorno de qualidade, mas não é só por isso que defendo uma remuneração digna e também, não é só pensando nos atuais professores, muitos em fim de carreira. Penso neles também, pois têm uma vida dedicada a esta causa, contudo, salários mais atraentes vão atrair para a sala de aula os melhores, os jovens que hoje torcem o nariz para a profissão de professor, vão repensar vendo que o magistério público lhes oferece uma opção de carreira, reconhecimento e remuneração condizente com sua importância. Nessa semana em que falamos da independência nacional, reafirmamos a ideia de que  Pensar a Educação é uma ótima forma de Pensar o Brasil! Tanto quanto a política e a economia, suas histórias e suas atualidades, a educação, em sua história e por meio das grandes questões atuais que sintetiza, nos revelam um país fragmentado e tão desigual quanto diverso. Ao mesmo tempo, a educação, como outras dimensões da vida nacional, nos mostra um país em que as pessoas, muitas pessoas, lutam por direitos, por valorização, pela recuperação do Estado de Direito e da Democracia. Esse país nos faz acreditar, nem que seja por alguns momentos, que na Semana da Pátria, poderemos ter um Brasil melhor. E será, se a maioria da população assim o quiser!